Sem o corte de agosto, Haddad revela preocupação sobre o futuro e afirma que não sabe qual seria a solução.

Haddad também destacou a demora no corte de juros, que surpreendeu e causou angústia no governo. Ele ressaltou que já havia razões para a redução da Selic e que não era possível se iludir com o bom resultado do PIB no primeiro trimestre, impulsionado pelo agronegócio. O período entre abril, maio e julho foi considerado o momento de maior tensão com o Banco Central, segundo o ministro.
Além disso, Haddad elogiou o trabalho da equipe do Ministério do Planejamento, que está analisando a eficiência das políticas públicas. Ele citou o secretário de monitoramento e avaliação de políticas públicas, Sergio Firpo, que está realizando uma avaliação minuciosa nos grandes programas, como o Bolsa Família e a Previdência. Haddad ressaltou a necessidade de organizar os cadastros, combater fraudes e desperdícios.
O ministro também criticou os economistas clássicos, que analisam apenas as planilhas de custos, sem considerar a equação política. Ele ressaltou a estranheza do sistema político atual, comparando-o a um parlamentarismo sem primeiro-ministro. Haddad observou que, sem um primeiro-ministro para responsabilizar, o ônus político recai sobre o Executivo.
Outro ponto abordado por Haddad foi o alto volume de recursos destinados às emendas parlamentares no Orçamento. Ele questionou a solução para esse problema, destacando que são R$ 40 bilhões em emendas, representando 0,4% do PIB. Essa questão levanta a seguinte pergunta: em que lugar do mundo existe um cenário semelhante?
Diante dessas declarações do ministro da Fazenda, fica evidente a preocupação do governo com a situação econômica do país e a necessidade de medidas eficazes para enfrentar os desafios fiscais. Além disso, Haddad ressaltou a importância de analisar não apenas os números, mas também a realidade política do país. O debate sobre as emendas parlamentares também se faz necessário, buscando soluções para evitar desperdícios e garantir o melhor uso dos recursos públicos.