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Enchentes no Rio Grande do Sul obrigam moradores a atravessarem passadeiras flutuantes para recomeçar a vida a pé




Notícias sobre enchentes no Rio Grande do Sul

Vendedora de roupas atravessa passadeira flutuante para alcançar clientes após enchentes no Rio Grande do Sul

No último mês, o Rio Grande do Sul foi devastado por enchentes que atingiram diversas regiões do estado. Muitos moradores tiveram que recomeçar suas vidas a pé, privados de seus meios de transporte, como é o caso de Juliani Steffer, uma vendedora de roupas que agora carrega uma grande bolsa enquanto atravessa uma passadeira flutuante sobre o rio em busca de clientes.

Em entrevista, Juliani explica a necessidade de procurar as pessoas em suas casas, já que muitos perderam suas roupas e não conseguem mais ir até a loja de carro. Com 36 anos, ela conta como as enchentes mudaram a rotina de todos na região do Vale do Taquari, no interior do estado.

O Exército interveio na situação, instalando passadeiras flutuantes provisórias para que a população pudesse retomar suas atividades rotineiras. No entanto, essas estruturas são frágeis e frequentemente são danificadas pelas chuvas e correntezas, obrigando a reinstalação.

O Coronel Rafael Farias, responsável pelas operações, destaca a importância de restabelecer a comunicação entre as cidades afetadas pelas enchentes e garantir o acesso da população aos serviços essenciais, como trabalho e atendimento médico.

Falta de pontes causa transtornos na região

A falta de pontes devido à destruição causada pelas enchentes fez com que o Exército instalasse passadeiras flutuantes em vários pontos estratégicos, como sobre o rio Forqueta, em Marques de Souza. Moradores como Paulo Roberto Heineck, de 54 anos, agora enfrentam dificuldades extras para realizar tarefas simples do dia a dia, mas mantêm a esperança e determinação para seguir em frente.

Apesar do sucesso temporário das passadeiras, novas chuvas torrenciais obrigaram o Exército a remontar as estruturas, evidenciando a vulnerabilidade da região diante de eventos climáticos extremos.

Com a promessa do governo federal de reconstruir as pontes destruídas, os moradores se mobilizam para arrecadar fundos e acelerar o processo. Empresários locais e a população em geral se unem em iniciativas privadas e campanhas de arrecadação online para garantir a reconstrução das pontes e a recuperação da região afetada pelas enchentes.

A situação segue desafiadora, mas a solidariedade e a determinação dos moradores mostram a força e a resiliência do povo gaúcho diante da adversidade.


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