DestaqueUOL

Tumulto em Joanesburgo marca início da eleição para o comando da África do Sul, com longas filas e falta de energia.




Eleições na África do Sul

A Conturbada Eleição na África do Sul

No dia 29 de abril, teve início a eleição que definirá o comando da África do Sul pelos próximos cinco anos. O processo eleitoral foi marcado por longas filas, falta de energia e muito tumulto em Joanesburgo, centro econômico do país.

Na maior seção da cidade, em Joubert Park, região central, os eleitores enfrentaram problemas com o sistema de escaneamento das identidades, o que levou à verificação manual dos nomes no registro eleitoral, que, muitas vezes, estava desatualizado, contendo até nomes de pessoas falecidas.

Essa situação resultou em filas de até duas horas de espera. O trâmite para votar também contribuiu para a demora, pois, após a verificação dos nomes, os eleitores tinham seus dedos marcados com tinta indelével para evitar votações múltiplas.

Com as reclamações se intensificando, fiscais partidários exigiram a paralisação da votação até que o sistema eletrônico fosse restabelecido. O caos se instalou, e alguns eleitores revoltados precisaram ser contidos pela polícia.

Apesar dos problemas enfrentados, muitos eleitores permaneceram nas filas prometendo não ir embora até conseguirem exercer seu direito de voto. Um exemplo foi Kagiso Lpokana, desempregada há muito tempo, que esperava há mais de uma hora para votar em um partido de oposição ao Congresso Nacional Africano (CNA).

Em outra região da cidade, no bairro de Houghton, a votação ocorria de maneira mais tranquila, porém não sem dificuldades. Enquanto em um local de elite a votação durava no máximo 20 minutos, houve relatos de eleitores que saíram sem conseguir votar devido a problemas na lista de votação.

Apesar de todos os contratempos, a maioria dos eleitores se mostrava satisfeita e pronta para aproveitar o feriado de sol, demonstrando a importância e o comprometimento do povo sul-africano com o processo democrático.

A votação está prevista para encerrar às 21h locais, com a expectativa de que o CNA, que governa o país desde o fim do apartheid, possa enfrentar uma derrota histórica e perder a maioria no Congresso pela primeira vez.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo