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Taxa global de desemprego deve cair em 2024, mas preocupações persistem, aponta relatório da OIT ligada à ONU.

Segundo relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ano de 2024 deverá registrar uma ligeira queda no desemprego mundial. De acordo com o documento intitulado Emprego Mundial e Perspectivas Sociais: Atualizações de Maio de 2024, a taxa de desemprego global deverá chegar a 4,9% neste ano, abaixo dos 5% registrados em 2023. Essa tendência de queda, no entanto, não deve se manter em 2025, com a projeção indicando estabilidade para o próximo ano, mantendo o desemprego em 4,9%.

O relatório destaca preocupações com o ritmo lento de progresso e a persistência de desigualdades de gênero nos mercados de trabalho. A OIT aponta que o progresso desde 2015 tem sido decepcionante, colocando em risco o alcance das metas da Agenda 2030 estabelecidas pela ONU. O oitavo objetivo dessa agenda envolve garantir “emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos”. No entanto, segundo o relatório, há uma clara desaceleração no ritmo de progresso na redução da pobreza e da informalidade.

Em relação à disparidade de emprego, o relatório revela que 183 milhões de pessoas são consideradas desempregadas, e esse número aumenta para 402 milhões se forem consideradas todas as pessoas com mais de 15 anos que gostariam de ter um emprego. As mulheres são desproporcionalmente afetadas pela falta de oportunidades, especialmente em países de baixos rendimentos, onde a disparidade de emprego para as mulheres chega a 22,8%.

No Brasil, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o país registra uma taxa de desemprego de 7,5% no trimestre encerrado em abril. Apesar de estar acima do índice global projetado pela OIT para 2024, esse é o menor percentual registrado no Brasil desde 2014. A Pnad Contínua abrange todas as formas de ocupação de pessoas a partir de 14 anos de idade e mostra uma estabilidade em relação aos trimestres anteriores.

Em resumo, o relatório da OIT destaca a necessidade de acelerar o progresso na redução da pobreza, na informalidade e na diminuição das desigualdades de gênero nos mercados de trabalho para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela Agenda 2030. A situação do emprego mundial ainda enfrenta desafios significativos que exigem ação e cooperação global para garantir um futuro mais inclusivo e sustentável para todos.

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