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Programa cívico-militar na educação revela falta de habilidade do governo paulistano e preocupa especialistas em pedagogia






Análise crítica do modelo cívico-militar nas escolas


A visão de uma secretaria de educação vinculada a uma secretaria de segurança só comprova a inabilidade do governo paulistano. Mais do que isso, agrava o ensino básico porque prioriza a disciplina e não o aprendizado. Prioriza práticas coercitivas que não têm nada de pedagógicas.

A mentalidade de uma educação mediada pela Polícia Militar causa espanto porque os policiais não são especialistas em educação. Eles foram treinados sob outros códigos de conduta, que se encaixam dentro de uma proposta militarista, não dentro de um ambiente escolar.

Lugar de PM definitivamente não é na escola. Lugar de PM é nas ruas garantindo a segurança da população. O modelo cívico-militar aposta numa ideia equivocada de disciplina que vem pela força, pelo cerceamento ou por ordens, e não pela ética e cidadania, como se a educação fosse um lugar de imposição de limites apenas pela ameaça.

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Outra questão é a de que as comunidades periféricas e mais pobres terão prioridade para adesão ao programa, ou seja, um modelo que vê as regiões mais vulneráveis como um local perigoso e que, portanto, precisariam de mais policiamento nas escolas. Ora, escolas não precisam de PMs, precisam de investimento para melhorias no setor educacional.

O governo deveria, antes de mais nada, garantir a permanência dos alunos nas escolas, implantar projetos socioeducativos que integrem a comunidade ao ambiente escolar: valorizar a carreira dos educadores, aumentar salários, proporcionar períodos de pesquisa, estudo e lazer.


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