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Países ricos cumprem promessa de fornecer US$ 100 bilhões anualmente para ajudar países menos desenvolvidos a enfrentarem mudanças climáticas.







Países ricos cumprem promessa de US$ 100 bilhões para combater mudanças climáticas

Países ricos finalmente cumprem promessa de US$ 100 bilhões anuais para combate às mudanças climáticas

No dia 29 de março de 2022, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) anunciou que, dois anos após o prazo estabelecido, os países desenvololvidos finalmente cumpriram seu objetivo de fornecer US$ 100 bilhões de dólares anualmente para auxiliar países menos desenvolvidos no combate e enfrentamento das mudanças climáticas.

Segundo a OCDE, em 2022 os países desenvolvidos contribuíram e mobilizaram um total de US$ 115,9 bilhões para financiar a luta contra a mudança climática nos países em desenvolvimento, ultrapassando a meta estabelecida.

Essa promessa de auxílio remonta a 2009 e será discutida e renegociada durante a COP29, a conferência do clima da ONU que ocorrerá em novembro em Baku, no Azerbaijão. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas estabeleceu que os países desenvolvidos deveriam fornecer até US$ 100 bilhões por ano em ajuda climática entre 2020 e 2025.

Os recursos destinados visam principalmente financiar a descarbonização do setor de energia e transporte, garantir o abastecimento de água em países pobres, e promover o reflorestamento e saneamento. O objetivo final é auxiliar países menos desenvolvidos a se adaptarem às consequências dos eventos climáticos extremos em um mundo já 1,2°C mais quente do que na era pré-industrial.

Apesar do atraso, o cumprimento dessa promessa é um marco importante nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas, trazendo esperança de confiança e comprometimento dos países desenvolvidos com a pauta climática global.

‘Cortinas de fumaça’

Embora o montante de US$ 115,9 bilhões represente um aumento significativo na ajuda climática, ainda há desafios a serem superados. Uma parte considerável desses fundos é empréstimo, não subvenção, e muitas vezes é combinada com outras formas de ajuda financeira, tornando-se necessário um esforço maior e mais transparente por parte dos países ricos.

Do total da ajuda, 80% é proveniente de recursos públicos distribuídos por bancos de desenvolvimento, enquanto o restante vem principalmente de financiamento privado disponibilizado por fundos públicos. É fundamental que os países ricos ajam com urgência, fornecendo apoio financeiro real e substancial, a fim de cumprir as metas estabelecidas e garantir a adaptação dos países menos desenvolvidos às mudanças climáticas.


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