Índice de Preços ao Produtor Amplo acelera em maio e impacta inflação do aluguel, aponta FGV.

No mês de maio, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve um aumento de 1,06%, marcando uma aceleração significativa em relação ao comportamento observado em abril, quando registrou um aumento de 0,29%. O grupo de Bens Finais teve uma variação de 0,06% em maio, o que representa uma melhora em relação à taxa de -0,13% registrada no mês anterior.
Esse acréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de alimentos processados, cuja taxa de variação passou de -0,39% para 1,07% no mesmo período. Além disso, o índice correspondente a bens finais, excluindo os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, variou de 0,05% em abril para 0,50% em maio.
O grupo de Bens Intermediários teve uma taxa de 1,03% em maio, intensificando o aumento observado no mês anterior, quando registrou 0,72%. A principal influência nesse movimento foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,85% para 1,44%.
O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou um aumento significativo de 2,15% em maio em comparação com abril, quando teve uma variação de 0,24%. Essa aceleração do grupo foi impulsionada principalmente por itens como o minério de ferro, bovinos e arroz em casca. Por outro lado, alguns itens tiveram um comportamento oposto, como o cacau, a laranja e a cana-de-açúcar.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,44% em maio, avançando em relação à taxa de 0,32% observada em abril. Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram aceleração em suas taxas de variação.
O grupo de Educação, Leitura e Recreação teve um impacto significativo, passando de -1,37% para 0,13%. Destaca-se o subitem passagem aérea, que foi de -8,94% para 0,47%. Outros grupos que apresentaram avanço em suas taxas de variação foram Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Comunicação e Despesas Diversas.
O coordenador dos Índices de Preços, André Braz, destacou que o IPC registrou uma variação de 1,06% em maio, com influências positivas nos preços das matérias-primas brutas e bens intermediários. A gasolina e a passagem aérea foram alguns dos itens que impulsionaram essa aceleração.
Por outro lado, os grupos de Alimentação, Habitação e Vestuário apresentaram recuo em suas taxas de variação. Itens como frutas, tarifa de eletricidade residencial e roupas foram as principais influências negativas nessas classes de despesa.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também teve um aumento de 0,59% em maio, superando a taxa de 0,41% observada em abril. Os três grupos que compõem o INCC apresentaram variações positivas na transição de abril para maio, com destaque para o grupo de Mão de Obra.
Em resumo, os índices de preços apresentaram movimentações diversas em maio, influenciando a inflação e refletindo a situação econômica do país. É importante estar atento a essas variações para tomar decisões financeiras e de investimento mais assertivas.