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Governo de São Paulo tenta ocultar dados do Idesp ao utilizar plataforma pouco acessível para divulgação das informações educacionais.







Artigo Jornalístico

Chamou a atenção o fato de o governo ter feito de tudo para, se não ocultar —porque os dados estavam na internet—, não destacar, não dar muito destaque para essa informação.

Todo ano, o Governo do Estado de São Paulo faz uma coletiva de imprensa, chama os jornalistas para divulgar os dados do Idesp, basicamente ele diz como está a qualidade do ensino no Estado, nas escolas públicas estaduais. E esse indicador sempre é muito divulgado em releases, em textos que eles colocam no site do governo, que eles mandam para os jornalistas colocarem nos seus veículos e esse ano chamou a atenção que não teve isso, não foi divulgado nem no próprio site do governo, se você entrar no site da Secretaria de Educação essa informação não está lá.

O governo fez uma estratégia diferente, eles colocaram esses dados em uma plataforma de dados abertos, que é uma plataforma que geralmente não é vista pela população, ninguém vai entrar para acessar ali numa planilha de excel gigantesca em que você precisaria ali pelo menos ter algum software para você analisar esses dados e chegar ao resultado.

Também ao Análise da Notícia desta quarta (29), a presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, criticou a forma como a tecnologia vem sendo usada na Educação pela gestão do governador Tarcísio de Freitas e ressaltou que a educação não pode ser gerida como uma instituição da iniciativa privada.

O primeiro ponto que a gente identifica, e a gente já tem monitorado isso desde o começo dessa gestão [Tarcísio] é uma questão ligada ao uso da tecnologia de inovações sem um combinado com a rede.

É muito importante você estabelecer inovações de forma muito dialogada, com formação, junto àqueles que vão implementar política pública. Então, desde as diretorias regionais, aos gestores escolares. O que aconteceu aqui em São Paulo é que foi anunciada uma série de medidas para poder criar uma gestão mais tecnológica, mais digital, como se do gabinete do secretário fosse possível observar o que acontece em cada sala de aula e isso, por si só, fosse resolver a questão da qualidade, como se o professor deixasse de fazer um bom trabalho porque ele não está sendo enxergado ali na sala de aula. Então, agora, com o sistema de monitoramento, o professor vai passar a dar uma aula melhor.


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