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EUA boicotam evento da ONU em homenagem a autoridade iraniana envolvida em abusos de direitos humanos






Artigo Jornalístico

“A decisão dos Estados Unidos de não participar deste evento é oficial e foi confirmada por uma autoridade do governo americano em declaração exclusiva à agência de notícias Reuters, feita sob condição de anonimato”, informou a fonte. Até então, o boicote dos EUA não havia sido reportado por outros veículos de imprensa.

O líder linha-dura do Irã, apontado como possível sucessor do aiatolá Ali Khamenei, Raisi, teve sua vida interrompida de forma trágica em um acidente de helicóptero no dia 19 de maio, quando a aeronave caiu em condições climáticas adversas nas montanhas próximas à fronteira com o Azerbaijão.

“A postura da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao Irã está sendo questionada, com críticas vindas diretamente dos Estados Unidos. Segundo a autoridade entrevistada, a ONU deveria se posicionar ao lado da população iraniana, ao invés de prestar homenagens a um líder que foi responsável por décadas de opressão”, destacou a fonte americana.

O governo dos EUA não poupou críticas ao falecido Raisi, apontando-o como responsável por diversos abusos aos direitos humanos, destacando, principalmente, os assassinatos extrajudiciais de milhares de prisioneiros políticos em 1988. A autoridade dos EUA enfatizou que durante o mandato de Raisi, ocorreram alguns dos piores abusos de direitos humanos registrados, com destaque para a situação das mulheres e meninas no Irã.

No dia seguinte à tragédia, o Departamento de Estado dos EUA enviou condolências oficiais pela morte de Raisi. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, não hesitou em destacar o legado manchado de sangue do falecido líder, afirmando que “sem dúvida, este era um homem que tinha muito sangue nas mãos”.

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