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Estudo da FGV aponta aumento de postagens desinformativas sobre aborto em meio a impasse no STF sobre norma do CFM.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal tem sido palco de um importante julgamento relacionado à norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) que dificulta o acesso ao aborto legal no Brasil. Esse impasse tem gerado repercussões nas redes sociais, onde têm circulado uma série de postagens com potencial desinformativo sobre o tema, conforme apontou um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com a pesquisa da FGV, essas postagens estão disseminando informações distorcidas sobre uma técnica específica utilizada em casos de aborto após as 22 semanas de gestação, conhecida como assistolia fetal. Essa prática é fundamental em situações onde a vida da gestante está em risco ou em casos de má formação fetal grave, conforme previsto na legislação brasileira.

O debate sobre o aborto é complexo e envolve questões éticas, religiosas e de saúde pública. No entanto, é necessário que as informações divulgadas sejam precisas e embasadas em evidências científicas para evitar a propagação de fake news e desinformação, que podem gerar consequências graves para as mulheres que buscam o acesso a um procedimento seguro e dentro da legalidade.

O papel das redes sociais na disseminação de informações sobre temas sensíveis como o aborto é cada vez mais relevante, por isso é fundamental que os usuários estejam atentos à veracidade das informações compartilhadas e busquem fontes confiáveis para se informar adequadamente sobre o assunto.

Diante desse cenário, é imprescindível que o debate público sobre o aborto seja pautado pelo respeito aos direitos das mulheres, à legislação vigente e ao conhecimento científico, garantindo assim o acesso a um direito fundamental e previsto em lei de forma segura e digna para todas as mulheres brasileiras.

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