Dólar ultrapassa R$ 5,20 em dia de nervosismo, bolsa cai e fecha na mínima do ano. Mercado reage ao desemprego e alta nos títulos do Tesouro.
A valorização da moeda norte-americana foi a maior desde o dia 18 de abril, quando havia encerrado o pregão a R$ 5,25. No acumulado do mês de maio, o dólar já apresenta uma alta de 0,31%, e em 2024, o avanço chega a 7,34%. No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou o dia em 122.707 pontos, registrando uma queda de 0,87%, seu menor nível desde novembro do ano passado.
Apesar da queda generalizada na bolsa, as ações da Petrobras conseguiram apresentar uma leve alta, enquanto as empresas varejistas brasileiras tiveram um desempenho positivo após a aprovação pela Câmara dos Deputados da taxação de 20% sobre compras de até US$ 50 em sites internacionais. No cenário internacional, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano atingiram o maior patamar em quatro semanas, em meio à possibilidade de o Federal Reserve adiar os cortes de juros para o próximo ano, o que pode impactar países emergentes.
Apesar de notícias positivas, como a redução da taxa de desemprego e a criação de postos de trabalho no Brasil, o mercado financeiro reagiu de forma negativa. A expectativa de juros altos por mais tempo e os desafios enfrentados pelo Banco Central no combate à inflação levaram os investidores a migrar seus recursos para investimentos em renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional, afetando a bolsa de valores.
Diante desse cenário de incertezas nos mercados financeiros, a tensão permanece alta entre os investidores, que aguardam com cautela novas informações e decisões que possam influenciar o comportamento do dólar e da bolsa nos próximos dias.
