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Deputada Macaé Evaristo é escolhida por Lula como ministra dos Direitos Humanos em substituição a Silvio Almeida.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), anunciou nesta segunda-feira (9) a escolha da deputada estadual de Minas Gerais, Macaé Evaristo (PT), como a nova ministra dos Direitos Humanos. A decisão vem após a demissão de Silvio Almeida na última sexta-feira (6), em meio a acusações de assédio sexual, sendo uma das vítimas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Macaé Evaristo, primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação em Belo Horizonte (2005-2012) e em Minas Gerais (2015-2018), já teve experiência como gestora pública no governo federal, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT). Professora desde os 19 anos, a nova ministra é reconhecida no meio educacional e nas discussões sobre racismo. Em 2022, foi eleita como deputada estadual em Minas Gerais.

O encontro entre Lula e Macaé Evaristo ocorreu no Palácio da Alvorada, onde a escolha da deputada foi ratificada. Apesar de considerá-la como favorita, outros nomes foram cogitados para o cargo, como a ex-ministra Nilma Lino Gomes e o secretário licenciado da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas. A interinidade no Ministério dos Direitos Humanos estava sendo ocupada por Esther Dweck.

A demissão de Silvio Almeida, motivada pelas denúncias de assédio sexual, gerou repercussões políticas, com a direita usando o caso para criticar o governo. Bolsonaristas usaram o episódio para atacar os adversários políticos, enquanto dentro da esquerda houve divergências de opinião em relação ao ocorrido.

A área dos direitos humanos foi uma das principais apostas do governo petista no início do mandato, diante da má imagem que o governo de Jair Bolsonaro tinha nesse setor. O ex-presidente Bolsonaro e seu filho senador Flávio Bolsonaro compartilharam a notícia das acusações contra Almeida nas redes sociais, demonstrando a polarização política em torno do caso.

O novo desafio de Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos será conduzir a pasta em um momento delicado e conturbado, em meio a críticas e divergências políticas. Resta acompanhar como a nova ministra irá lidar com os desafios e responsabilidades do cargo.

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