O Partido do Congresso Nacional Africano (ANC) enfrenta desafios múltiplos em sua busca por um segundo mandato para o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. Entre os obstáculos estão a oposição tanto à esquerda quanto à direita, a alta taxa de desemprego, a crescente criminalidade, além de uma nova geração que não vivenciou a luta contra o domínio branco.
Na região de Johannesburgo, em Soweto, uma localidade historicamente associada à luta pela liberdade da população negra, eleitores leais ao ANC compareceram cedo às urnas para exercer seu direito democrático.
No entanto, também estavam presentes eleitores desencantados, como Kqomotso Mtumba, uma funcionária de banco de 44 anos que, após votar no ANC em eleições anteriores, decidiu mudar de opção. “O último partido em que votei não cumpriu suas promessas, então agora vou testar outro”, afirmou.
Em Alexandria, bairro de classe operária em Johannesburgo, uma eleitora de 34 anos, identificada apenas como Keletso, expressou a necessidade de mudança. “Precisamos de novas lideranças, de sangue novo. O desemprego é alarmante, levando alguns a recorrer ao crime ou à prostituição para colocar comida na mesa”, enfatizou.
