
O Departamento Municipal de Habitação demole casas irregulares em Porto Alegre
O Departamento Municipal de Habitação (Demhab), em comunicado, informou que as casas estavam vazias e os moradores já haviam retirado seus pertences das 37 residências interditadas, facilitando as demolições. Segundo a entidade, todas as casas são irregulares.
No entanto, moradores se recusaram a sair, gerando confronto com a guarda municipal. Sem saber para onde ir e se receberiam indenização, os populares resistiram à saída, impedindo o trabalho das máquinas. A guarda utilizou balas de borracha e spray de pimenta para conter os manifestantes.
“Elas foram informadas que têm direito a bônus, aí perguntaram do cadastro e dos papéis, mas eles não tinham, tudo feito daquele jeito. Foi debatido com a prefeitura para pedirem a garantia. E foi um determinado momento que a pessoa se retirou, o cara que negociava. Aí a guarda municipal começou a agredir a população.” – Laura Sito (PT), presidenta da Comissão de Direitos Humanos da ALRS
Maurício Lorenzatto, morador, também criticou a ação: “Muita truculência da prefeitura, a guarda agrediu moradores e um advogado dos moradores com gás e bomba. Tudo isso para demolir as casas.”
Em resposta, a Guarda Municipal alegou que precisou intervir após um procurador ser agredido pelos moradores. Em nota ao UOL, afirmou que ninguém ficou ferido e que as famílias foram acolhidas.
Recomposição pós enchentes
A área a ser desocupada pela prefeitura foi severamente afetada pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. Os prejuízos se acumularam e a prefeitura decidiu reparar o dique do bairro, onde 70 mil pessoas residem.