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Comissão de Finanças aprova projeto de criação de “salas lilás” para atendimento humanizado a vítimas de violência contra a mulher.






Projeto de lei aprovado para criação de salas lilás para atendimento de mulheres vítimas de violência

Projeto de lei aprovado para criação de salas lilás para atendimento de mulheres vítimas de violência

29/05/2024 – 11:46

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Laura Carneiro recomendou a aprovação da proposta

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PL 561/23) que obriga as delegacias da mulher e os órgãos de perícia criminal a criarem “salas lilás”, destinadas ao atendimento humanizado de mulheres vítimas de violência.

Pela proposta da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), essas salas deverão dispor permanentemente de equipe multidisciplinar, composta por policiais, assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros. Também deverão ter equipamentos para realizar exames periciais e pessoal para garantir orientação jurídica.

Ainda de acordo com o texto, deverá ser autorizado o acompanhamento de um familiar ou pessoa próxima da vítima durante os exames de perícia.

Parecer favorável

O parecer da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), foi pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do projeto, do apensado (PL 1304/23) e do substitutivo adotado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com subemenda.

O substitutivo prevê também o atendimento de crianças e adolescentes nessas salas. Além disso, determina que a “sala lilás” seja um programa permanente da Política Nacional de Segurança Pública, sendo implementada em todos os órgãos de perícia criminal do estados.

Mudança no texto

A subemenda aprovada estabelece que a implementação das “salas lilás” deverá ocorrer na medida das disponibilidades orçamentárias e financeiras.

Segundo a relatora, ao gerar despesas tanto para a União, quanto para os estados, sem apontar as fontes orçamentárias e financeiras necessárias, a proposta está “em desacordo com os dispositivos constitucionais e legais que regem a matéria”. A subemenda, segundo ela, tem o “objetivo de corrigir tal impropriedade”.

Próximos passos

A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein

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