Calamidade no RS: Mais de um terço dos bares e restaurantes fechados e 94% sofrem queda no faturamento devido às enchentes.
O presidente da associação, Paulo Solmucci, ressaltou a gravidade da situação, especialmente para os bares e restaurantes do estado. Mesmo antes das enchentes, quase metade dos estabelecimentos já sofria com prejuízos financeiros. Solmucci destacou a falta de apoio do poder público e alertou que, se não houver ajuda emergencial, muitas empresas não conseguirão pagar os salários dos funcionários no próximo mês.
Em entrevista à Agência Brasil, Solmucci comparou a atual situação com a crise gerada pela pandemia de covid-19, observando que, desta vez, a situação é ainda mais difícil devido à destruição provocada pelas enchentes, que dificulta até mesmo a operação por delivery. O presidente da Abrasel defendeu a adoção de medidas urgentes, como a liberação de recursos para garantir o pagamento dos salários e a manutenção dos estabelecimentos.
Para tentar amenizar os impactos econômicos, o governo federal anunciou a liberação de R$ 50 bilhões para auxiliar trabalhadores, empresas e produtores rurais do Rio Grande do Sul. Além disso, foram disponibilizadas três linhas de crédito para empresas de todos os portes, visando ajudar na recuperação dos negócios afetados pelas enchentes.
Diante do cenário de crise, o superintendente regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, ressaltou a importância de medidas como o lay-off calamidade, que permite a suspensão dos contratos de trabalho com auxílio do governo. Nespolo também destacou a necessidade de diálogo entre as partes envolvidas para encontrar soluções emergenciais neste momento difícil para os empresários e trabalhadores do estado.
