Prévia da inflação em maio é de 0,44% e é influenciada pelo aumento do preço da gasolina e passagens aéreas
O IPCA-15 de maio quebrou uma sequência de dois meses de queda e alcançou o patamar mais elevado desde fevereiro, quando atingiu 0,78%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice ficou em 3,70%, dentro da meta estabelecida pelo governo de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Essa taxa também se manteve abaixo do resultado observado nos 12 meses anteriores, que foi de 3,77%.
Dentre os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), oito apresentaram aumento de preços em maio. Os destaques ficaram por conta dos grupos de saúde e cuidados pessoais, com uma variação de 1,07%, e de transportes, com 0,77%. No setor de transportes, a gasolina foi o principal vilão, exercendo uma forte influência sobre o IPCA-15.
As passagens aéreas também tiveram um aumento expressivo de 6,04%, porém, o impacto da gasolina foi mais significativo devido ao seu peso maior na cesta de produtos pesquisados. Já no segmento de saúde e cuidados pessoais, a alta foi impulsionada pelos produtos farmacêuticos, que tiveram um aumento de 2,06% após o governo autorizar reajustes de até 4,50% nos preços dos medicamentos.
É importante ressaltar que a metodologia de cálculo do IPCA-15 é semelhante à do IPCA, sendo a diferença principal o período de coleta dos preços, que nesse caso compreendeu o período de 16 de abril a 15 de maio. O IBGE explicou que a divulgação dos dados de maio foi impactada pelas condições climáticas em Porto Alegre, que sofreu com alagamentos, exigindo uma intensificação na coleta de dados por meios remotos, como telefone e internet.
