Presidente da Petrobras defende avanço da exploração na Margem Equatorial para garantir segurança energética e abastecimento interno de combustíveis.
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A Margem Equatorial, que se estende ao longo do litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada uma região geográfica de grande potencial para o setor de óleo e gás. A Petrobras prevê investir US$ 3,1 bilhões em pesquisas nessa região nos próximos quatro anos, com a expectativa de perfurar 16 poços exploratórios.
No entanto, a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas tem enfrentado resistência de grupos ambientalistas, devido aos possíveis impactos à biodiversidade. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou um pedido da Petrobras para realizar atividades de perfuração marítima nessa região, alegando a necessidade de estudos sobre os impactos nos povos indígenas.
Magda defendeu a postura da Petrobras em relação à sustentabilidade ambiental, destacando a tradição da empresa em liderar iniciativas como o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) na década de 1970. Ela também mencionou o investimento em biorrefino como uma estratégia para atender às demandas por biocombustíveis.
A presidente da Petrobras ressaltou a importância da empresa manter os esforços exploratórios para garantir a segurança energética do país, considerando que as reservas atuais estão próximas do pico de produção em 2030. Ela afirmou que é fundamental acelerar as atividades exploratórias e continuar investindo na diversificação da matriz energética para garantir a autossuficiência do país no futuro.
Com um olhar para o cenário internacional, Magda Chambriard enfatizou a importância da verticalização da empresa e do mercado de refino para agregar valor aos produtos e garantir a competitividade no setor. Ela citou o cancelamento da venda de cinco refinarias como parte da estratégia da Petrobras de direcionar seus investimentos para atender às demandas por energias renováveis.