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Impacto da pandemia de covid-19 na América Latina: retrocesso de 22,5% no desenvolvimento humano do Brasil, aponta relatório do PNUD.

A pandemia de Covid-19 teve um impacto profundo no desenvolvimento humano, especialmente na América Latina. No Brasil, os efeitos foram significativos, representando um retrocesso médio de 22,5% no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o equivalente a regressar seis anos no desenvolvimento humano. Essas são as conclusões de um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Brasília, nesta terça-feira.

O estudo analisou os estados brasileiros e destacou a queda nos índices de longevidade, renda e educação. Betina Barbosa, coordenadora de Desenvolvimento do PNUD, ressaltou a importância de uma análise multidimensional para compreender o impacto da pandemia. Ela destacou que o Brasil perdeu 10 anos de melhoria no IDH de longevidade, 10 anos de melhoria no IDH de renda e dois anos de melhoria no IDH de educação.

O relatório também apontou para as desigualdades sociais agravadas pela crise. Mulheres negras foram as mais vulneráveis nesse período, com uma significativa disparidade de renda em relação à população branca. É necessário repensar as políticas públicas para abordar essas desigualdades, com um foco especial na raça e no gênero.

Além disso, o estudo ressaltou a importância de repactuar o desenvolvimento humano visando conquistas voltadas para a educação, saúde e renda, especialmente com um olhar atento a questões raciais e de gênero. A ministra Esther Dweck enfatizou a importância dessas informações para o governo repensar suas políticas públicas.

Um dado surpreendente do relatório foi a alta taxa de mortalidade em estados mais desenvolvidos, como Rio de Janeiro e Paraná, em comparação com o Maranhão, que tem o menor IDH do país. O Maranhão conseguiu manter uma taxa de mortalidade baixa durante a pandemia por meio de medidas assertivas e cooperação com outros estados. Esses resultados destacam a importância da gestão eficaz e da colaboração entre os entes federativos para enfrentar crises como a pandemia de Covid-19.

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