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Conflitos na Nova Caledônia ameaçam fornecimento de níquel para indústria global de baterias elétricas e aço inoxidável.






Crise na indústria do níquel na Nova Caledônia

Crise na indústria do níquel na Nova Caledônia

A indústria do níquel na Nova Caledônia enfrenta uma crise sem precedentes, com graves consequências para a economia local. Esse metal prateado é utilizado em ligas para fabricar aço inoxidável, componentes eletrônicos e joias, sendo fundamental para as baterias dos veículos elétricos, o que o torna crucial para a transição para energias mais limpas.

Após duas semanas de distúrbios que resultaram em sete mortes e centenas de feridos, a França suspendeu o estado de emergência no arquipélago. No entanto, poucos acreditam em um retorno rápido à normalidade, especialmente na indústria do níquel, que emprega entre 20% e 25% da força de trabalho local.

A Société Le Nickel (SLN), produtor histórico de níquel, teve suas atividades interrompidas e suas reservas de minério estão diminuindo. A empresa precisou de um empréstimo público milionário para evitar a falência. Da mesma forma, a planta da Prony Resources, no sul da Nova Caledônia, também parou de funcionar e se mantém graças a um empréstimo.

No norte, a Koniambo Nickel (KNS) está parada desde fevereiro, com o conglomerado Glencore tentando vender sua participação na empresa. As interrupções decorrentes dos distúrbios e dos danos sofridos nas instalações ocorreram em um momento crítico para os produtores locais, que enfrentam uma acirrada concorrência com países como a Indonésia, conhecidos por seus baixos custos de produção.

A situação na indústria do níquel na Nova Caledônia é uma verdadeira crise que coloca em xeque o futuro econômico do arquipélago. As autoridades e as empresas locais precisarão de um plano sólido e de medidas urgentes para reverter esse cenário e garantir a sustentabilidade da indústria do níquel a longo prazo.


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