
No Rio de Janeiro, a abordagem policial a quatro adolescentes, sendo três negros e um branco, causou revolta e indignação. A esposa do embaixador do Gabão no Brasil, Julie-Pascale Moudouté, mãe de um dos jovens, expressou sua tristeza com o incidente em uma entrevista à TV Globo. “Como é que você vai apontar armas para a cabeça de meninos de 13 anos?”, questionou. Ela ressaltou a confiança na Justiça brasileira e a necessidade de justiça.
Por outro lado, a mãe do jovem branco, Rhaiana Rondon, denunciou nas redes sociais a abordagem “racial e criminosa” dos policiais. Ela destacou que os adolescentes foram abordados de forma abrupta por policiais armados com fuzis e pistolas, causando traumas e marcas que nem o tempo será capaz de apagar.
Diante do ocorrido, funcionários do Itamaraty receberam os embaixadores de Gabão e Burkina Faso em Brasília e apresentaram um pedido formal de desculpas, comprometendo-se a acionar o governo do Rio de Janeiro para uma apuração rigorosa e responsabilização dos policiais envolvidos.
A Polícia Militar informou que os agentes envolvidos na ação portavam câmeras corporais, e as imagens serão analisadas para verificar se houve excessos. O caso gerou repercussão e levantou debates sobre o racismo estrutural no país e a atuação policial em comunidades vulneráveis.