Atrasos na obra da linha 6-laranja do metrô de SP

Uma série de dificuldades geológicas na construção da linha 6-laranja do metrô de São Paulo pode atrasar a entrega das estações em mais de três anos, segundo relatório divulgado pela concessionária Linha Uni, responsável pela obra.

De acordo com o documento, a obra tem enfrentado atrasos devido a problemas encontrados durante a construção das estações, que não estavam previstos nos estudos geológicos realizados anteriormente. Como resultado, a entrega das estações pode sofrer um acréscimo de 1.096 dias no prazo original.

Se todo o prazo adicional for utilizado, a linha só será entregue em 2028, três anos depois do previsto quando a obra teve início em 2020. A construção do ramal metroviário passou por diversos governos e enfrentou uma série de adiamentos desde seu início em 2015.

Recentemente, um incidente inesperado afetou parte dos trabalhos, quando uma cratera se abriu na marginal Tietê em fevereiro de 2022, interrompendo as atividades da tuneladora que estava fazendo a escavação. Apesar dos desafios, a expectativa é de que o trecho entre Brasilândia e Perdizes seja inaugurado em 2026, com a linha completa prevista para 2027.

Segundo a Linha Uni, os atrasos na obra resultaram em um impacto financeiro significativo, com penalidades totalizando R$ 48,3 milhões em 2023. A concessionária afirma que está buscando resolver os problemas de engenharia para acelerar a conclusão do empreendimento, que quando finalizado, ligará a Brasilândia ao centro da cidade, transportando 630 mil pessoas diariamente.

Os desafios encontrados durante a construção da linha 6-laranja do metrô de São Paulo destacam a importância de estudos geotécnicos detalhados e da análise cuidadosa das condições do solo, para evitar atrasos e imprevistos que possam comprometer o andamento de grandes projetos de infraestrutura.