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Líder sindical é acusado de envolvimento em esquema de extorsão no transporte público de São Paulo.

O alvo era irmão de um companheiro de cela de Granada. As investigações policiais apontaram Pandora como suspeito de ter financiado o resgate junto com um dirigente do clube de futebol Água Santa e sócio da A2, empresa do sistema de transporte de ônibus de São Paulo. Mas nada disso foi provado pela Polícia Civil e o processo acabou arquivado pela Justiça.

No centro de um escândalo envolvendo a Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos de São Paulo, conhecida como Cooperpam, está Pandora, que ocupou por vários anos a presidência e a direção executiva da organização. As investigações apontam que Pandora e outros envolvidos se associaram, a partir de 2008, ao grupo Cooperpam através da Transwolff, empresa que fazia parte do quadro social da Cooperativa.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, os denunciados se apropriaram das cotas e dos bens dos cooperados, obrigando-os a migrar para a Transwolff e a atender às exigências dos investigados sob ameaças, incluindo o pagamento de taxas semanais abusivas. O MP-SP alega que um aporte de R$54 milhões foi convertido em ativos lícitos para aumentar o capital social da Transwolff com o intuito de habilitá-la para a licitação do serviço de transporte público na cidade de São Paulo.

Segundo a Promotoria de Justiça, os cooperados foram extorquidos e induzidos a erros, sujeitando-se a pagamentos e descontos abusivos sem qualquer prestação de contas. A falsa promessa de manter contratos de trabalho por 15 anos fez com que muitos cooperados fossem lesados, tornando-se vítimas de um esquema criminoso que visava beneficiar os envolvidos no desvio de recursos.

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