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Cidades do interior são as mais afetadas pela violência política
O professor de história econômica Leonardo Trevisan, da ESPM, afirma que, apesar de ser um problema de todo o país, o interior do México é a região mais afetada pela violência relacionada ao narcotráfico.
Domínio dos cartéis também causa fragilidade das instituições. Movimentando bilhões de dólares ao ano, principalmente com o tráfico de cocaína e fentanil para os EUA, o narcotráfico se tornou um negócio poderoso, cada vez mais infiltrado em instituições não só da política, mas também da segurança pública do país.
Candidatas têm soluções diferentes para o problema do narcotráfico. Enquanto Sheinbaum defende a punição do narcotráfico aliada a uma política de paz, Galvéz prega um combate de “linha dura” contra o crime, respeitando o estado de direito.
Assim como em outros lugares do mundo (Brasil inclusive), a violência política exercida pelo crime organizado contra agentes políticos está relacionada à presença, cada vez maior e mais ampla, do crime organizado na gestão política estatal dos territórios onde atuam.
João Amorim, professor de Direito Internacional da Unifesp
Eles dominam algumas áreas para operar o tráfico de drogas e fazem, de fato, extorsão, sequestros, atividades ilegais. Isso, claro, acaba comprometendo qualquer tentativa democrática de eleição de um prefeito, que não seja do grupo deles, ou mesmo alguém que se oponha a essa situação.
Regiane Bressan, professora da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Unifesp
No interior do México, há visões políticas muito fortes e arraigadas, principalmente em relação à proximidade com os narcotraficantes. A maioria desses assassinatos são de políticos que prometem, no interior do país, linha dura contra o narcotráfico.
Leonardo Trevisan, professor do curso de Relações Internacionais da ESPM