
O cenário é dramático em Pelotas (RS) com a ocorrência de enchentes que afetam a população local. A reportagem teve a oportunidade de conhecer de perto a realidade de pescadores que, diante das adversidades, encontraram abrigo em seus próprios barcos, transformados em refúgios improvisados.
Um desses pescadores é Eduardo Alves Santos, de 26 anos, que está embarcado juntamente com sua esposa, Jéssica. Ao ser questionado sobre a situação, Eduardo destacou a importância de estarem seguros e protegidos dentro do barco. Comentou que lá conseguem se manter aquecidos, o que ele considera ser melhor do que ficar em barracas.

A situação se repete em outro barco, onde Rodrigo Machado, 48 anos, orgulhosamente se apresentou como pescador desde os 8 anos. Ele enfatizou a sensação de segurança que encontrou ao estar a bordo de seu barco, em contraste com a preocupação constante que teria em abrigos ou casas afetadas pela enchente.
Por outro lado, Biro Miguel, com marcas de uma vida longa no rosto, destacou sua familiaridade com a vida no barco: “Fui criado no bote. Estou acostumado.” Apesar de reconhecer que o conforto de casa é incomparável, Biro se mostrou resignado e tranquilo na embarcação, valorizando a companhia de um amigo e de seu cachorro nesse momento desafiador.