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Prefeito de cidade com menor densidade demográfica do Brasil aposta em investimento milionário para impulsionar economia local






Boom econômico em Inocência

Boom econômico em Inocência: como dinheiro pode mudar a menor cidade do Brasil

Recentemente, a pequena cidade de Inocência, localizada em Mato Grosso do Sul, ganhou na loteria do desenvolvimento. Com uma das menores densidades demográficas do Brasil, o município está prestes a se transformar com a chegada da gigante chilena de celulose, a Arauco.

O prefeito, Antônio Ângelo Garcia dos Santos, conhecido como Toninho da Cofapi, está otimista com as oportunidades que o investimento de R$ 28 bilhões trará para Inocência. A nova fábrica promete um boom econômico na região, elevando a arrecadação municipal para R$ 130 milhões em 2024 e possivelmente colocando a cidade entre as maiores em termos de receitas no estado.

O exemplo de Ribas do Rio Pardo

Para entender os desafios e benefícios desse crescimento repentino, é possível olhar para o caso de Ribas do Rio Pardo, que viveu algo semelhante com a chegada da Suzano. O prefeito João Alfredo Danieze teve que lidar com o aumento populacional, a demanda por infraestrutura e os impactos sociais e econômicos da instalação da fábrica.

Com a multiplicação de bordéis, aumento da população de rua e sobrecarga nos serviços públicos, Ribas do Rio Pardo passou por transformações profundas. No entanto, no médio prazo, o desenvolvimento econômico superou as dificuldades iniciais, como destacou o prefeito Danieze, que viu o orçamento municipal saltar significativamente em poucos anos.

Desafios e oportunidades em Inocência

Em Inocência, a expectativa é de um crescimento ordenado e sustentável. O prefeito Toninho da Cofapi está atento aos desafios que o avanço econômico pode trazer, como a demanda por moradia, o impacto na saúde pública e a necessidade de desenvolver políticas públicas eficazes para acompanhar o ritmo do progresso.

Com a chegada dos investimentos da Arauco, o município se vê diante de uma encruzilhada: como aproveitar os recursos financeiros sem comprometer a qualidade de vida dos moradores e a identidade da cidade? Esse dilema, comum em regiões que recebem grandes empreendimentos, requer planejamento estratégico e cooperação entre setores público e privado.

A importância do planejamento e da gestão

Para especialistas como Fabio Muzetti, professor de arquitetura e urbanismo, é essencial desenvolver políticas que garantam um crescimento equilibrado e sustentável. A experiência de outras cidades, como Ortigueira, que recebeu uma fábrica da Klabin, mostra que o dinheiro pode trazer benefícios, mas também desafios inesperados.

Portanto, o desafio para Inocência é transformar a riqueza em desenvolvimento humano, social e econômico, sem perder a essência e a tranquilidade que a caracterizam. O progresso está batendo à porta, e cabe aos líderes locais e à comunidade decidir como abrir as janelas para um futuro próspero e sustentável.

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