Aumento de casos suspeitos de leptospirose preocupa autoridades no Rio Grande do Sul
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O Lacen possui dois tipos de testes para o diagnóstico da leptospirose: o teste de biologia molecular, conhecido como RT-PCR, e o teste diagnóstico sorológico. O RT-PCR é indicado para a análise de amostras coletadas nos primeiros dias de sintomas, podendo detectar a bactéria presente no organismo do paciente em até sete dias após o início dos sintomas. Já o teste diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido em resposta à infecção pela bactéria Leptospira e é indicado para amostras de pacientes com sintomas há sete dias ou mais.
Os exames estão disponíveis para todos os pacientes suspeitos de leptospirose que foram expostos às enchentes, e o laboratório recebe amostras das 7h às 19h. Até a última quinta-feira, o Rio Grande do Sul havia registrado 1.072 notificações de leptospirose, com 54 casos confirmados e quatro mortes confirmadas pela doença, além de outros quatro óbitos em investigação.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela exposição à urina de animais infectados, principalmente ratos. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo e calafrios, e o contágio pode ocorrer por lesões na pele ou mucosas em contato com água contaminada. O tratamento com antibióticos é recomendado, especialmente nas primeiras semanas após o início dos sintomas.
É importante destacar que não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para iniciar o tratamento da leptospirose, e qualquer pessoa que apresente sintomas deve procurar um serviço de saúde imediatamente, informando sobre possíveis exposições de risco. Com o aumento dos casos suspeitos na região, a atuação do Lacen se torna fundamental na identificação e controle da doença.