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“Anora”, de Sean Baker, surpreende e leva a Palma de Ouro em Cannes, em edição marcada por diversidade e premiações inéditas.




Matéria sobre o Festival de Cannes

Rompendo as expectativas: “Anora” vence a Palma de Ouro em Cannes

No encerramento da 77ª edição do Festival de Cannes, a diretora Greta Gerwig surpreendeu a crítica ao premiar o filme “Anora”, dirigido por Sean Baker, com a cobiçada Palma de Ouro. Apesar de a produção ter sido muito bem recebida durante o festival, a aposta da vitória estava em Mohammad Rasoulof, cineasta iraniano perseguido politicamente em seu país.

Além de “Anora”, outros filmes foram reconhecidos pelo júri. “All We Imagine as Light”, de Payal Kapadia, recebeu o Grande Prêmio, enquanto “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard, conquistou o prêmio do júri. O longa “The Seed of the Sacred Fig”, de Rasoulof, foi agraciado com um prêmio especial.

O destaque ficou para as premiações individuais. Selena Gomez, Zoe Saldana, Adriana Paz e Karla Sofía Gascón foram coroadas como melhores atrizes, pelo trabalho em “Emilia Pérez”, sendo Gascón a primeira mulher trans a triunfar na categoria. O prêmio de melhor ator foi para Jesse Plemons, por sua atuação em “Tipos de Gentileza”.

O júri, presidido por Greta Gerwig e composto por renomados artistas internacionais, como Omar Sy, Eva Green e Juan Antonio Bayona, não poupou elogios e reconhecimento aos talentos presentes em Cannes.

A cerimônia também foi marcada por momentos de reflexão e solidariedade. Lubna Azabal, presidente do júri de curtas-metragens, fez um apelo por um cessar-fogo em Gaza antes de premiar os vencedores do formato. E a Palma de Ouro honorária foi entregue a George Lucas, criador de “Indiana Jones” e “Star Wars”, em uma emocionante homenagem conduzida por Francis Ford Coppola.

O Brasil, por sua vez, recebeu reconhecimento na Semana da Crítica, com o filme “Baby”, de Marcelo Caetano, que rendeu a Ricardo Teodoro o prêmio de ator revelação. Apesar disso, a Palma de Ouro de longa-metragem não é conquistada pelo país há 62 anos, desde “O Pagador de Promessas”.

O Festival de Cannes encerrou-se com a certeza de ter celebrado o melhor do cinema mundial, premiando obras de destaque e revelando novos talentos, reiterando sua importância no cenário cinematográfico internacional.


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