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Tucanos estudam planos para eleições municipais de SP diante da possível desistência de Datena como candidato, incluindo apoio à reeleição de Ricardo Nunes.





De forma reservada, os tucanos trabalham com cenário em que o apresentador não vá em frente com candidatura — nem mesmo para vice. Caso isso aconteça, três planos são estudados:

  1. Lançar Covas Neto como cabeça de chapa;
  2. Confirmar o próprio Covas Neto como vice de Tabata;
  3. Apoiar à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Os que defendem candidatura própria do PSDB acreditam que é uma forma de unir o partido, rachado após crises. Se esse for o caminho, no entanto, entendem que ele será difícil, mesmo com alguém com a visibilidade de Datena — citam ausência de uma chapa de vereadores e pouco tempo de TV como entraves, diante da ausência de coligação com outras legendas. A candidatura própria com Covas Neto é avaliada como a mais remota das hipóteses.

A ala do partido a favor da chapa Tabata-Covas defende que a união esvaziaria o discurso de Nunes de que sua gestão é parte do legado deixado por Bruno. Covas Neto é crítico à aliança feita pelo emedebista com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contra quem o sobrinho se posicionou. Depois que Bruno morreu em decorrência de um câncer, Bolsonaro se referiu ao tucano como “o outro lá que morreu”.

Já o grupo que defende o apoio a Nunes argumenta que esse seria o caminho natural, uma vez que ele era o vice de Covas. A debandada de vereadores ocorreu justamente após a direção paulistana do partido rechaçar apoio ao prefeito — boa parte da militância e dos parlamentares o apoiam, alegando que ele abriga uma série de tucanos em sua gestão. Os críticos dessa corrente, por sua vez, dizem que faltou “reciprocidade” por parte do prefeito por não ter oferecido o lugar de vice ao partido.

Decisão final ficará a cargo da executiva nacional, presidida pelo ex-governador Marconi Perillo. Lideranças tucanas têm dito que a escolha vai levar em consideração a estratégia do partido para as eleições presidenciais de 2026, além de compromissos programáticos.


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