Senador critica decisões do STF em benefício de condenados na Lava Jato: “Uma ditadura da toga no país”

O senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, fez duras críticas em seu pronunciamento nesta sexta-feira (24) em relação a decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar expressou sua insatisfação quanto aos benefícios concedidos ao ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, ambos envolvidos na Operação Lava Jato. Para Girão, o STF tem agido de forma protagonista, desviando-se de seus deveres e demonstrando um comportamento de “ditadura da toga”, o que tem sido observado pelo mundo.
A semana foi marcada por polêmicas decisões do STF, segundo o senador, que enfatizou a liberação de indivíduos envolvidos em escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro. Girão enfatizou que a Lava Jato, que recentemente completou uma década, foi responsável por colocar atrás das grades figuras políticas e empresariais influentes, enquanto as decisões atuais beneficiam os corruptos.
O parlamentar também apontou para a coincidência de datas entre as decisões do STF e a votação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o senador Sérgio Moro. Girão destacou que o sistema propositalmente escolheu o mesmo dia para transmitir a mensagem de que todos os casos estão interligados, mesmo que o TSE tenha absolvido Moro de acusações. Ele ressaltou a importância de observar com critério as ações do TSE e criticou as injustiças presentes no país.
Além disso, o senador manifestou descontentamento em relação ao julgamento dos envolvidos na invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, afirmando que os réus não possuem foro privilegiado e, portanto, não deveriam ser julgados pelo STF. Girão foi enfático ao condenar a falta de punição e a injustiça presente no sistema judiciário, reforçando sua postura contra a violência e a favor da igualdade perante a lei.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)