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Saldo negativo em abril de 2024: Contas externas do Brasil registram déficit de US$ 2,516 bilhões, revela Banco Central.

As contas externas do Brasil tiveram um saldo negativo em abril de 2024, atingindo o montante de US$ 2,516 bilhões, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira. Esse valor representa uma piora em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit foi de US$ 247 milhões nas transações correntes.

A principal razão para essa queda é a redução do superávit comercial, que teve uma diminuição de US$ 578 milhões. Além disso, os déficits em serviços e renda primária aumentaram em US$ 844 milhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente.

Os dados do Investimento Direto no País (IDP) mostram que em abril de 2024 foram investidos US$ 3,867 bilhões, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses investimentos são fundamentais para financiar o déficit nas transações correntes e são considerados de boa qualidade, especialmente os investimentos diretos no país.

No acumulado de janeiro a abril de 2024, o déficit nas transações correntes foi de US$ 17,310 bilhões, um aumento em relação ao mesmo período de 2023. Esses números refletem a abertura comercial do Brasil e a importância dos investimentos estrangeiros no país.

A balança comercial teve um superávit de US$ 6,798 bilhões em abril, resultado das exportações de bens que totalizaram US$ 31,356 bilhões e das importações de US$ 24,558 bilhões. Destaque para o aumento nas importações de criptoativos, que contribuíram para o crescimento do superávit.

No que diz respeito aos serviços, o déficit aumentou em abril de 2024, principalmente devido ao crescimento de despesas relacionadas a serviços digitais e pagamento de licenças de softwares. O aumento do déficit em renda primária também teve impacto no saldo negativo das contas externas.

O panorama das contas externas do Brasil é influenciado por diversos fatores, incluindo a balança comercial, o IDP e as despesas em serviços e renda. O desafio para o país é manter um equilíbrio entre as transações correntes e as fontes de financiamento externo, garantindo a estabilidade econômica e a sustentabilidade do crescimento.

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