
Na última semana, um incidente de grande proporção chocou a comunidade acadêmica da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Um homem, que segundo a polícia não possuía ligação com a instituição, foi identificado pela mídia local como um estudante da Beverly Hills High School.
A prisão desse indivíduo marcou o início das investigações sobre a violência que tomou conta do campus. O conflito teve início entre ativistas pró-palestinos, que protestavam contra a guerra em Gaza, e um grupo que os atacou no dia 30 de abril.
Durante o conflito, indivíduos mascarados, descritos como “instigadores” pela polícia e funcionários da universidade, invadiram o local do protesto munidos de porretes e bastões, gerando um tumulto que resultou em confrontos e até mesmo no uso de spray de pimenta. Os ocupantes do acampamento também alegam terem sido alvo de fogos de artifício.
A reação das autoridades universitárias e da polícia foi duramente criticada pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, e outros representantes. O confronto se estendeu por horas durante a madrugada do dia 1º de maio, até que a polícia interveio para restabelecer a ordem no local.
Esse triste episódio evidenciou a complexidade das relações e dos conflitos que permeiam não apenas o campus universitário, mas toda a sociedade californiana. Fica o alerta para a importância do diálogo e da busca por soluções pacíficas para controvérsias tão delicadas como a questão do conflito no Oriente Médio.
(Reportagem de Steve Gorman, em Los Angeles, e Andrew Hay, em Taos, Novo México)