
Acordo Internacional sobre Recursos Genéticos é celebrado após 25 anos de negociações
O representante Guilherme Patriota divulgou que o texto final do acordo, derivado de um extenso pacote inicial de 5 mil páginas, foi considerado um “resultado cuidadosamente equilibrado” das negociações. Segundo ele, trata-se do “melhor compromisso possível”.
“Estávamos esperando por esse momento por 25 anos”, afirmou Patriota, demonstrando a importância histórica do acordo.
As negociações se estenderam por duas décadas, colocando países emergentes e desenvolvidos em lados opostos da mesa de debates. Governos como o do Brasil, Colômbia, países africanos e asiáticos enfatizaram o impacto econômico dos recursos genéticos, utilizados em diversas indústrias.
A partir de agora, os solicitantes de patentes deverão revelar a origem dos recursos genéticos utilizados, bem como fornecer informações sobre os povos indígenas que contribuíram com o conhecimento tradicional para o desenvolvimento da patente.
O objetivo principal do acordo é combater a prática da biopirataria, garantindo que as comunidades locais tenham voz no uso de seu conhecimento tradicional e recursos genéticos.