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Marcha da Classe Trabalhadora reúne 20 mil manifestantes em Brasília para reivindicar direitos trabalhistas e previdenciários

Na manhã desta quarta-feira (22), cerca de 20 mil trabalhadores se reuniram para participar da Marcha da Classe Trabalhadora, um evento promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) com o objetivo de apresentar uma série de reivindicações que abrangem tanto servidores públicos quanto trabalhadores autônomos e da iniciativa privada.

Entre as principais demandas dos manifestantes está a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, bem como da Lei das Terceirizações. Além disso, eles pedem o arquivamento definitivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que propõe alterações nas regras para futuros servidores e para a administração pública, e a revisão da política salarial do governo atual.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, destacou a importância dos projetos que estão em tramitação no Congresso Nacional para o movimento sindical. Ele ressaltou a necessidade de uma nova legislação que permita a negociação coletiva para os servidores públicos, uma prática ainda inexistente em nível federal e em muitos estados e municípios.

Além disso, a CUT defende a atualização do modelo sindical brasileiro, que foi estabelecido na década de 1940 e não contempla a realidade da maioria dos trabalhadores atualmente. Nobre argumenta que é fundamental incluir nesse modelo os trabalhadores que não se enquadram nas categorias tradicionais, como motoristas de aplicativo, autônomos, pescadores e agricultores familiares.

Outro ponto destacado pela CUT é a necessidade de recuperar o financiamento da atividade sindical, essencial para a manutenção da democracia. Desde a reforma trabalhista de Michel Temer em 2016, as fontes de financiamento dos sindicatos foram drasticamente reduzidas, o que comprometeu a sua atuação e capacidade de defesa dos direitos dos trabalhadores.

Além das demandas já citadas, a pauta da Marcha da Classe Trabalhadora inclui a revogação do novo ensino médio, a valorização do serviço público, a redução da jornada de trabalho, a igualdade salarial entre homens e mulheres, a correção da tabela do Imposto de Renda, entre outras reivindicações que visam melhorar as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores brasileiros.

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