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Erosão costeira em Macaé: Estudo técnico e ambiental é iniciado para garantir segurança dos moradores e comerciantes da região.

A prefeitura de Macaé, localizada no norte fluminense do estado do Rio de Janeiro, anunciou a realização de um estudo técnico e ambiental em parceria com o Instituto Politécnico e o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Coordenado pelo decano do Centro Multidisciplinar da UFRJ em Macaé, o professor Irnak Barbosa, o estudo terá como objetivo analisar a erosão costeira que tem impactado o município há algum tempo. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) acompanhará de perto o desenvolvimento do estudo.

No último domingo, a situação na região se agravou com a ressaca do mar na praia Barra de Macaé, localizada no bairro Fronteira, zona norte da cidade. Ondas de quase 3 metros causaram o desabamento de dois imóveis e danos em outros três, além da queda de cinco postes e destruição da pista da orla, que precisou ser interditada. Sete pessoas ficaram desabrigadas e 180 desalojadas, enquanto 60 imóveis foram interditados pela Defesa Civil, que está cadastrando as famílias para receberem aluguel social no valor de até R$ 990.

O prefeito Welberth Rezende destacou a importância do estudo para a elaboração de um projeto de infraestrutura que visa evitar o avanço da erosão e garantir a segurança dos moradores e comerciantes da região. Medidas paliativas já não são mais suficientes para proteger as famílias que vivem próximo à orla, por isso, a prefeitura busca uma intervenção embasada no conhecimento e na pesquisa.

O geógrafo marinho da UFF, Eduardo Bulhões, ressaltou que a ocupação indevida dos terrenos próximos da linha de água contribui para a instabilidade da região. Ele salientou que a área vulnerável já apresentava problemas há muitos anos e que as casas atingidas estavam fragilizadas pela ocupação urbana, o que facilitou o desabamento diante da ressaca do mar.

O secretário de Defesa Civil de Macaé, Joséferson de Jesus, reforçou a prioridade em remover as famílias das áreas afetadas e identificar os imóveis atingidos para viabilizar o aluguel de emergência oferecido pelo município. O objetivo é desocupar a região para que seja possível trabalhar em uma solução definitiva para evitar danos futuros e garantir a segurança dos moradores. A Secretaria de Habitação está disponível para atender os moradores afetados e orientá-los sobre os próximos passos a serem seguidos.

A união entre a prefeitura, instituições de ensino e órgãos de fiscalização reflete a preocupação em encontrar soluções eficazes para mitigar os impactos da erosão costeira em Macaé, garantindo a proteção dos cidadãos e a sustentabilidade ambiental da região.

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