Generais ‘melancias’: os militares ‘verdes por fora, comunistas por dentro
Muitos bolsonaristas associam integrantes das Forças Armadas com uma melancia. Sim, a fruta. Principalmente desde que Jair Bolsonaro (PL) perdeu as eleições presidenciais, o termo tem sido usado para se referir de maneira pejorativa a oficiais do Exército brasileiro.
Por que são chamados assim?
Verde por fora, vermelha por dentro. A comparação é literal: a melancia é verde por fora — cor associada ao patriotismo e que remete ao uniforme dos militares — e vermelha por dentro — tom atribuído ao comunismo e também ao PT.
O termo, que se tornou mais popular em meio à polarização, é visto como um insulto político pelos militares, já que sugere que o Exército teria um viés comunista.
Após a polarização que marcou as últimas eleições presidenciais, o uso do termo “generais melancias” se difundiu entre grupos bolsonaristas para denegrir a imagem de oficiais militares. A comparação entre a cor verde externa, associada ao uniforme militar e ao patriotismo, com a cor vermelha interna, ligada ao comunismo e ao PT, ganhou notoriedade.
Contudo, essa alcunha tem gerado controvérsias e desagrado dentro das Forças Armadas, pois ao rotular os generais desta forma, insinua-se que eles possuem posicionamentos políticos alinhados com ideais comunistas. Diante disso, muitos militares consideram o termo como um insulto e uma tentativa de minar a imagem das instituições militares.
A polarização política tem contribuído para a disseminação de termos pejorativos como “generais melancias”, evidenciando o clima hostil que permeia a sociedade atualmente. É importante refletir sobre o impacto que essas expressões podem ter na comunicação e no respeito entre diferentes setores da sociedade.
