Desembargadora do TJ-RJ é condenada pelo CNJ por acusar Marielle Franco de ligação com bandidos em postagem nas redes sociais.

A decisão do CNJ determinou que a desembargadora deverá cumprir pena de disponibilidade, o que significa que ela ficará afastada de suas funções por um período de 90 dias. Durante esse tempo, Marília de Castro Neves Vieira não poderá proferir decisões nem participar de julgamentos, porém continuará recebendo seu salário.
Em sua postagem de 2018, a desembargadora afirmou que Marielle Franco teria sido eleita pelo Comando Vermelho e que foi assassinada por não cumprir compromissos com seus apoiadores. Esse tipo de declaração, além de ser inapropriada para uma magistrada, resultou em uma investigação por parte do CNJ, que concluiu pelo descumprimento de resoluções do conselho, da Lei Orgânica da Magistratura e do Código de Ética da Magistratura.
A Agência Brasil procurou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para obter um posicionamento sobre o caso, mas até o momento não obteve retorno. Essa condenação da desembargadora Marília de Castro Neves Vieira serve como um lembrete da importância de manter a conduta ética e imparcialidade por parte dos magistrados, principalmente nas plataformas digitais, onde as mensagens podem ter um impacto significativo. Espera-se que essa decisão do CNJ contribua para garantir a integridade e a reputação do Poder Judiciário.