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Governo argentino é criticado por recepção honrosa a condenado por crimes contra a humanidade e desmonte de arquivos militares.

Escândalo no Regimento de Infantaria de Monte 30 preocupa relatores da ONU

No mês de fevereiro de 2024, o coronel Horacio Losito, condenado por crimes contra a humanidade, foi recebido com honras no Regimento de Infantaria de Monte 30, em Apóstoles, na província de Misiones. Essa atitude gerou sérias preocupações e críticas por parte de relatores da ONU, que emitiram uma carta alertando sobre a glorificação de pessoas condenadas por graves violações de direitos humanos.

Segundo a carta, essa atitude vai contra as obrigações internacionais do Estado argentino em termos de direitos humanos e memória histórica. Os relatores destacaram a importância de evitar teses revisionistas e relativistas sobre crimes do passado, considerando essas atitudes essenciais para a garantia de reparação às vítimas e para impedir a repetição de violações.

Os relatores ressaltaram que é fundamental reconhecer as violações e crimes cometidos durante a ditadura argentina, não permitindo que sejam minimizados ou negados. Além disso, expressaram preocupação com a possibilidade de revitimização das vítimas desse período.

Investigação em curso

Em resposta às críticas, o governo Milei justificou a honraria ao coronel Losito, alegando sua participação nas operações militares nas Malvinas e sua visita ao filho, também militar. No entanto, um processo de apuração foi iniciado para analisar o gesto e suas consequências.

Destino dos arquivos das Forças Armadas preocupa

Outra denúncia levantada refere-se à decisão do Ministério da Defesa sobre o destino dos arquivos das Forças Armadas, que contêm informações sobre graves violações de direitos humanos. Essa medida tem gerado preocupação e reforçado a necessidade de preservar a memória e a verdade sobre o período da ditadura.

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