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Presidente dos EUA, Joe Biden, cobra apoio republicano para pacote de auxílio à Ucrânia e pede fim das negociações arriscadas

No último domingo (1º), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo aos rivais republicanos no Congresso para que eles apoiem um novo pacote de auxílio econômico e militar à Ucrânia. Durante um discurso, o democrata expressou sua exasperação com o enfrentamento entre os partidos e instou os republicanos a pararem de levar as negociações até o limite.

Biden declarou: “Esse jogo de risco precisa acabar, não deveria haver outra crise. Eu insto fortemente meus amigos republicanos no Congresso a não esperarem. Não percam tempo como fizeram durante meses. Aprovem um acordo orçamentário de um ano e honrem o acordo que fizemos alguns meses atrás.”

Essas declarações foram feitas um dia após a aprovação de um projeto de lei pelo Legislativo que prorrogou temporariamente o financiamento do governo por mais de um mês, evitando assim uma paralisação que deixaria a maioria dos 4 milhões de funcionários federais sem salários e cortaria serviços essenciais.

O projeto de lei obteve amplo apoio tanto do Partido Democrata quanto do Partido Republicano, mas gerou insatisfação entre alguns legisladores. Um deles, inclusive, prometeu destituir o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, que é republicano.

Embora o projeto de lei não inclua ajuda à Ucrânia, o presidente afirmou que os republicanos se comprometeram a aprovar o fornecimento de mais apoio militar e econômico ao país por meio de uma votação separada.

Biden enfatizou: “Não podemos, sob nenhuma circunstância, permitir que o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia seja interrompido. Espero que o presidente da Câmara cumpra seu compromisso de garantir a aprovação e o apoio necessários para ajudar a Ucrânia a se defender contra a agressão e a brutalidade.”

Questionado se ele confia no cumprimento dos acordos por McCarthy, Biden respondeu: “Acabamos de fazer um acordo sobre a Ucrânia, então vamos descobrir.” Um funcionário da Casa Branca explicou que o presidente estava se referindo às promessas republicanas de aprovar uma lei separada sobre o tema.

O projeto de lei que evitou a paralisação do governo foi sancionado pelo Congresso a menos de duas horas do prazo final, no Senado, por 88 votos a 9, após um acordo entre os partidos Democrata e Republicano. A maior controvérsia nas negociações era justamente em relação aos gastos com a ajuda à Ucrânia, onde um grupo de republicanos radicais exigia cortes mais profundos nesse auxílio.

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