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Julian Assange recebe permissão para recorrer contra extradição aos EUA e familiares comemoram decisão do tribunal de Londres

O renomado jornalista e fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, obteve uma vitória nesta segunda-feira (20) ao receber permissão de um tribunal de Londres para recorrer contra o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos. As acusações de espionagem contra Assange levantaram uma comoção internacional, com centenas de pessoas protestando em frente ao tribunal na capital inglesa em defesa da liberdade do jornalista.

O caso de Julian Assange é complexo e delicado, visto que ele enfrenta 18 acusações com base na Lei de Espionagem dos EUA, o que poderia resultar em uma sentença de até 175 anos de prisão. No entanto, a decisão favorável do tribunal em permitir o recurso traz um fôlego de esperança para a defesa de Assange e seus apoiadores. Sua esposa, Estella Assange, demonstrou alívio com a determinação dos juízes, mas também fez um apelo direto ao presidente Joe Biden para que desista das acusações contra o jornalista.

O fundador do WikiLeaks ganhou destaque ao divulgar documentos militares e diplomáticos confidenciais, revelando crimes de guerra e abusos de direitos humanos nas guerras do Afeganistão e do Iraque. As autoridades norte-americanas alegam que as ações de Assange prejudicaram a segurança nacional dos EUA, colocando em risco a vida de agentes americanos. No entanto, para Estella Assange, seu marido está sendo punido por fazer jornalismo investigativo e por expor a corrupção e violações de direitos humanos.

A decisão da Corte de Londres de permitir o recurso de Assange foi bem recebida pelos manifestantes e organizações de jornalistas e direitos humanos, que enxergam o caso como um ataque à liberdade de expressão e de imprensa. A Federação Internacional de Jornalistas destacou a importância do caso para a liberdade de imprensa em todo o mundo, ressaltando a necessidade de garantir a segurança dos jornalistas no exercício de sua profissão.

Além disso, líderes políticos também se manifestaram em apoio a Assange, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu a libertação do jornalista nas redes sociais. O desenrolar desse caso continuará a gerar repercussões e levantar debates sobre a liberdade de imprensa e o direito à informação. Resta agora aguardar os próximos passos desse processo judicial e as possíveis reviravoltas que poderão ocorrer.

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