O Partido Progressista (PP), principal aliado da governadora Raquel Lyra (PSDB), surpreendeu ao articular, de última hora, o lançamento de uma candidatura própria à Prefeitura do Recife. Essa movimentação política tem o potencial de alterar significativamente o cenário eleitoral na capital pernambucana.
O escolhido para representar o PP nas eleições municipais é a vereadora licenciada Michele Collins, que assumiu recentemente o mandato de deputada federal. Collins, uma figura conhecida por seu posicionamento evangélico e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pretende dar destaque aos valores da família e da religiosidade cristã em sua campanha eleitoral.
O presidente do PP em Pernambuco, o deputado federal Eduardo da Fonte, destacou a importância da representação do público evangélico nas eleições e acredita no potencial de Collins para atrair esse eleitorado específico.
A decisão de lançar uma candidatura própria pelo PP gerou repercussão nos bastidores da política local. Com o favoritismo inicial do atual prefeito João Campos (PSB), que busca a reeleição, a entrada de Collins na disputa pode provocar um segundo turno inesperado, o que contraria os planos de Campos de vencer no primeiro turno.
Apesar de enfrentar uma série de obstáculos para se licenciar da Câmara Municipal do Recife e assumir temporariamente como deputada federal, Collins conseguiu contornar as questões burocráticas e agora terá um espaço para ampliar sua visibilidade e angariar apoio para a campanha que se aproxima.
A possibilidade de um segundo turno nas eleições para a prefeitura do Recife já é motivo de discussões nos bastidores políticos. Enquanto o governo estadual vê na candidatura de Michele Collins uma oportunidade de conquistar votos do segmento evangélico e questionar a força política de João Campos, as demais candidaturas de oposição se preparam para uma disputa acirrada.
Além de Collins, outros nomes se destacam nas pré-candidaturas à prefeitura da capital pernambucana, com diferentes perfis políticos e ideológicos. O cenário eleitoral se mostra diversificado e promete uma competição intensa entre as diferentes forças políticas locais.
