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Expectativa de manutenção da Selic se mantém estável nos contratos futuros de juros, indicando fim dos cortes pelo Copom.




Análise Econômica: Mercado de Juros e Expectativas

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A expectativa do mercado financeiro em relação à taxa de juros no Brasil está passando por mudanças. De acordo com o relatório Focus divulgado hoje pelo Banco Central, a tendência indicava uma redução dos juros para 10% até o final do ano. No entanto, os contratos de juros futuros, como o DI de 1 dia negociado na B3, mostram estabilidade com uma taxa próxima de 10,4% ao ano para os próximos 12 meses. Isso sugere que o Copom pode ter feito sua última movimentação na reunião de maio.

Os contratos de juros futuros representam o CDI esperado até o vencimento do contrato, sendo negociados em taxa. Por exemplo, o contrato DI1F25, que vence em janeiro de 2025, fechou o dia sendo negociado a uma taxa de 10,375% ao ano. Atualmente, a taxa do CDI é de 10,4% ao ano, o que indica que o mercado caminha para a manutenção da Selic nos próximos meses.

De acordo com informações do jornal Valor Econômico, quase todos os analistas ouvidos em um encontro com a diretoria do Banco Central acreditam na estabilidade da taxa básica de juros. A previsão do relatório Focus pode ser ajustada nas próximas semanas para refletir a tendência dos contratos de juros futuros, já que os investidores sinalizam pela manutenção da Selic.

A alta nas taxas dos títulos referenciados ao IPCA do Tesouro nas últimas semanas reflete este novo cenário, com negociações sendo realizadas a uma taxa ligeiramente superior a IPCA + 6% ao ano. Diante desse panorama, investidores têm duas visões: os otimistas acreditam em oportunidades na renda fixa, especialmente nos títulos prefixados e referenciados ao IPCA, enquanto aqueles que não preveem mais cortes na taxa Selic concentram suas carteiras em ativos referenciados ao CDI ou Selic.

Michael Viriato, assessor de investimentos da Casa do Investidor, destaca a importância de acompanhar de perto essas movimentações no mercado financeiro. Seja otimista ou realista, a incerteza atual pede cautela e estratégia na hora de investir.

Por: Joana Silva, Jornalista Econômica


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