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Comissão externa criada por Arthur Lira para investigar crise Yanomami é criticada pelo movimento indígena por motivos políticos.




Artigo Jornalístico

O movimento indígena critica comissão externa da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi alvo de críticas por parte do movimento indígena devido à criação de uma comissão externa composta por deputados bolsonaristas, que tem como propósito investigar a crise humanitária enfrentada pelo povo Yanomami.

Em carta publicada nesta segunda-feira (20), quatro associações atuantes na região, incluindo Hutukara Associação Yanomami (HAY) e Associação Wanasseduume Ye’kwana (Seduume), expressaram sua insatisfação com a iniciativa da comissão, alegando que a mesma busca utilizar o sofrimento dos yanomamis para benefício político.

Com um total de 78 organizações, entre indígenas e não-indígenas, a carta pede o fortalecimento das políticas de proteção aos povos, destacando a tragédia do Sul como exemplo das consequências do enfraquecimento da legislação ambiental.

O vice-presidente da associação Hutukara, Dário Kopenawa, ressaltou a importância do consentimento dos povos indígenas para acessar a Terra Indígena Yanomami, enfatizando que os deputados bolsonaristas não serão bem-recebidos no local.

A comissão liderada por Lira, composta unicamente por deputados bolsonaristas, tem despertado controvérsias. A principal causa da crise humanitária do povo Yanomami é o garimpo ilegal, que se intensificou durante a gestão bolsonarista, prejudicando diretamente a fauna, flora e modo de vida dos indígenas.

A extração ilegal, além de destruir o meio ambiente, também gera sérios problemas de saúde para os yanomamis, incluindo a presença de mercúrio nos rios que contamina a alimentação e causa doenças graves.

Em resumo, a situação dos yanomamis é crítica, com altas taxas de desnutrição, malária e impactos negativos causados pelo garimpo ilegal em seu território.


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