Crise política no Irã: contexto e análise

O assassinato brutal da jovem de 22 anos, Mahsa Amini, pelas forças policiais de costumes no Irã trouxe à tona a questão do regime opressivo no país. O governo do presidente Raisi foi marcado por atos de repressão, culminando em mais de 500 mortos durante os protestos de 2022. Essa trágica situação foi analisada pelo professor de relações internacionais, Leonardo Trevisan.

Trevisan ressalta a importância de compreender o contexto político do Irã para entender o papel de Raisi no país. Segundo o professor, Raisi atuava como executor das ordens do Aiatolá Khamenei, o verdadeiro detentor do poder legislativo no país. Apesar de ter seu próprio poder, as decisões finais não eram de sua responsabilidade.

No cenário interno, Raisi representava os valores conservadores e ultraortodoxos do Irã, sendo eleito por defender tais princípios. Sua ligação com comitês de morte nos anos 80 o marcou como um personagem controverso. Já na esfera internacional, ele desempenhava um papel diferente, buscando apoio da China para amenizar as relações com os Estados Unidos.

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