Áreas Comerciais de Porto Alegre Voltam à Ativa Após Cheia Histórica

No último final de semana, a região central de Porto Alegre começou a se recuperar da grande cheia que assolou a capital, causando prejuízos aos comerciantes locais. Com a água dando sinais de recuo nas calçadas, os estabelecimentos começaram a reabrir suas portas, mesmo que de forma gradual.

Na Travessa dos Venezianos, na tradicional Cidade Baixa, os voluntários se uniram para realizar a limpeza necessária após dias de inundação. Mesmo tombada como patrimônio cultural, a rua ainda carrega marcas visíveis da enchente que atingiu cerca de 1,5 metro de altura.

Pepe Martini, proprietário do bar Milonga, expressou seu otimismo em relação à reabertura, apesar dos prejuízos significativos. Ele destacou a perda total de estoques e equipamentos danificados, mas acredita na possibilidade de retomada das atividades comerciais.

A revolta dos empresários localizados na Cidade Baixa é evidente, com críticas à falta de manutenção do sistema de contenção de cheias. A interrupção do funcionamento da casa de bombas, que contribui para evitar inundações, foi um dos pontos levantados pelos comerciantes.

Em meio aos prejuízos, algumas estratégias para manter os negócios em funcionamento já estão sendo adotadas. No Guernica, por exemplo, a sócia Bruna Marcello implementou um sistema de compras antecipadas para garantir a sustentabilidade do estabelecimento.

Nas ruas do Centro Histórico, como a dos Andradas, os empresários começaram a avaliar os estragos e contabilizar os prejuízos. A falta de áreas inundadas e a necessidade de reformas urgentes são questões enfrentadas por esses empreendedores.

A prefeitura de Porto Alegre negou que a falta de manutenção tenha sido a causa das inundações, atribuindo a situação às proporções excepcionais da cheia. Investimentos recentes teriam sido realizados visando melhorar o sistema de proteção contra cheias na cidade.

Apesar dos desafios enfrentados, a solidariedade e a determinação dos comerciantes em Porto Alegre mostram a resiliência da comunidade local diante de adversidades climáticas. A esperança de reconstrução e recuperação segue presente, mesmo diante das dificuldades.