A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ocorrido em novembro do ano passado, identificando a pessoa responsável pelo ato.
Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (17), a PF afirmou que “uma pessoa contratada para aplicar a prova do Enem na cidade de Belém (PA) tirou uma foto da prova de redação às 13h50, enquanto a mesma ainda estava em andamento, e a encaminhou para uma amiga, professora”.
As investigações tiveram início em Caruaru (PE) no dia seguinte à realização da prova. A conduta do investigado pode resultar em acusações de fraude em certame de interesse público, crime passível de pena de até oito anos de prisão.
O vazamento gerou suspeitas quando o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão responsável pelo Enem, detectou imagens do caderno de provas circulando nas redes sociais e acionou a Polícia Federal para investigar a situação.
Vinculado ao MEC (Ministério da Educação), o Inep confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as imagens começaram a circular após as 13h, momento em que os portões dos locais de prova já estavam fechados.
As regras de segurança do Enem proíbem a presença de celulares ou dispositivos eletrônicos durante a realização da prova. Além disso, os candidatos só podem sair com os cadernos de prova após quatro horas do início do exame.
Este não é o primeiro incidente envolvendo a segurança do Enem. Em 2009, a prova foi roubada da gráfica e seu conteúdo vazado. Em anos subsequentes, houve problemas com impressão, troca de gabaritos e divulgação de notas incorretas.
A prática de tirar fotos da prova e compartilhar também já causou problemas. Em 2012, 60 estudantes foram eliminados do exame por postarem imagens do teste em redes sociais.
