Igreja de São Cristóvão é atacada por usuários de crack após reinauguração histórica na Zona Norte do Rio de Janeiro

Igreja de São Cristóvão é alvo de vandalismo e descaso em meio a revitalização

Por um repórter do Diário do Rio de Janeiro

A emblemática Igreja de São Cristóvão, situada na Zona Norte do Rio de Janeiro, reabriu suas portas no dia 9 de fevereiro de 2022, após um minucioso trabalho de revitalização que durou sete meses. No entanto, desde então, o templo católico tem sido alvo de ataques brutais por parte de usuários de crack a serviço da máfia dos ferros-velhos que atuam na região.

Logo após a cerimônia de reinauguração, conduzida pelo Cardeal Dom Orani Tempesta, a igreja começou a sofrer com furtos e invasões constantes. Guarda-corpos, corrimãos de acessibilidade e outros objetos foram subtraídos sem que as autoridades tomassem uma providência.

O descaso por parte das autoridades públicas tem permitido que o Patrimônio Histórico e Cultural da cidade seja dilapidado e vendido em ferros-velhos clandestinos em troca de drogas, gerando uma sensação generalizada de insegurança entre os fiéis que frequentam os cultos na igreja.

Os devotos de São Cristóvão clamam por medidas urgentes para proteger o templo centenário, que corre o risco de ter o mesmo destino de outras igrejas da cidade que são sistematicamente vandalizadas.

O processo de restauração da igreja foi conduzido pelo Padre Edmar Augusto da Costa, que solicitou ajuda divina para enfrentar a deterioração do templo. A benfeitora, Dulce Pugliese, foi peça fundamental nesse processo, assim como a Comissão de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).

O projeto contou com a colaboração de profissionais como o arquiteto Jorge Astorga e o engenheiro civil Ailton Roberto dos Santos. O processo de restauração envolveu a revisão do telhado, substituição de madeiras e telhas danificadas, troca de esquadrias, restauração de vitrais e pisos, entre outras intervenções.

Em uma celebração realizada na reabertura da igreja, Dom Orani destacou a importância histórica e cultural do templo, construído no século XVII pelos padres jesuítas. O religioso ressaltou a necessidade de preservar a igreja como parte da memória e do patrimônio da cidade.

Ao descerrar a placa de reinauguração, Dom Orani enfatizou a importância de zelar pelo culto e conservar o templo, destacando o papel de todos os colaboradores e fiéis na preservação desse importante marco histórico da cidade.

Diante do cenário de vandalismo e descaso, os fiéis e autoridades religiosas esperam que as autoridades competentes ajam com urgência para proteger a Igreja de São Cristóvão e garantir a segurança de todos aqueles que frequentam o local em busca de paz e espiritualidade.

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