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Uma polêmica surgiu em Porto Alegre após uma mulher realizar declarações homofóbicas em um vídeo, atribuindo a tragédia no Rio Grande do Sul ao fato do governador Eduardo Leite ser gay. A Aliança Nacional LGBTI+ se manifestou em apoio ao governador, repudiando veementemente a associação feita entre a catástrofe natural e a orientação sexual de Leite.
A mulher, identificada como Neiva Borges, afirma que a eleição de um governador gay ativou a “ira de Deus” contra o povo gaúcho. No vídeo, ela pede que os eleitores de Leite se desculpem por tê-lo escolhido no cargo, alegando que isso diminuiria a ira divina e evitaria mais catástrofes.
A Aliança Nacional LGBTI+ emitiu uma nota solicitando que as autoridades investiguem e tomem medidas legais contra discursos de ódio e discriminação, reforçando a importância de combater a LGBTIfobia. O grupo ressaltou que a liberdade religiosa deve coexistir com os direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas.
A entidade também se solidarizou com as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul e se colocou à disposição para apoiar o governador Eduardo Leite e a população gaúcha. A nota, assinada pelo presidente Toni Reis e outros dirigentes, expressa o compromisso da Aliança com a justiça, a igualdade e a dignidade para todos.
Ambos os lados têm direito à liberdade de expressão, no entanto, a incitação ao ódio e discriminação não pode ser tolerada. O STF reconhece a LGBTIfobia como um crime equivalente ao racismo, o que reforça a importância de combater discursos intolerantes e preconceituosos.
Mais detalhes sobre a declaração homofóbica e a nota da Aliança Nacional LGBTI+ podem ser conferidos na íntegra do comunicado oficial.