Na última semana, um grupo de 46 manifestantes foi preso dentro do Hamilton, edifício da Universidade de Columbia, em Nova York. Eles foram acusados de invasão de terceiro grau, uma contravenção. As prisões ocorreram após a presidente da universidade, Minouche Shafik, chamar a polícia horas depois da ocupação, em meio a um movimento de protesto estudantil que tem se espalhado por diversas instituições de ensino ao redor do mundo. Outras autoridades universitárias dos EUA também pediram intervenção policial para dispersar acampamentos de protesto pró-Palestina e anti-Israel.
A agência de notícias Reuters compartilhou detalhes dos ferimentos e relatos dos manifestantes com o gabinete do prefeito, a polícia de Nova York e a própria universidade. Apesar de nenhuma das partes contestar os ferimentos, tanto o gabinete do prefeito quanto a polícia afirmaram que a atuação dos policiais foi profissional.
Pelo menos três manifestantes feridos que foram presos dentro do Hamilton foram levados para hospitais naquela noite, mesmo estando sob custódia policial, de acordo com registros hospitalares datados e horários.
Os protestantes, que exigem que a Columbia rompa laços comerciais com fabricantes de armas e outras empresas que apoiam o governo de Israel, tiveram seus ferimentos documentados por médicos voluntários que prestam assistência a pessoas presas pela polícia. Alguns deles buscaram atendimento em clínicas após serem libertados.
Um dos manifestantes agredidos, Christopher Holmes, estudante de pós-graduação do Union Theological Seminary, relatou ter sido chutado no olho por um policial durante a ocupação. Momentos depois, ele bateu a testa no chão do Hamilton Hall. Dias depois, com o olho ainda inchado, Holmes foi diagnosticado com fratura na órbita ocular e concussão por médicos de um hospital de Manhattan.
