O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não participar de uma reunião que visa encontrar uma solução para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que Moscou não estará presente no encontro. O governo brasileiro agora avalia quem irá representar o país na iniciativa, com resistência até mesmo em relação à participação do chanceler Mauro Vieira ou do assessor internacional do Planalto, Celso Amorim.

O objetivo da reunião é chegar a um acordo entre os líderes, na esperança de abrir um canal de negociação para encerrar o conflito. No entanto, há receio por parte do governo Lula de que o encontro seja apenas uma forma de validar as propostas de Volodymyr Zelensky, que exige a retirada das tropas russas do território ucraniano como condição para as conversas.

Ao longo dos meses, o governo brasileiro tem enfatizado que qualquer processo de negociação só fará sentido se envolver os russos. Mesmo em conversas com Zelensky, Lula ressaltou que um acordo de paz não pode ser unilateral.

Em 2023, o presidente russo Vladimir Putin afirmou a interlocutores brasileiros que aceitar a proposta de Zelensky seria visto como uma capitulação.